Infecção urinária, também conhecida como Infecção do Trato Urinário, é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, ureteres, bexiga e uretra. Seus sintomas incluem, principalmente, dor ou ardência ao urinar, mas podem variar de acordo com a região afetada.
“Os principais sintomas são a disúria (ardência ao urinar) e aumento da frequência urinária, com urgência e eventual dor no pé da barriga. Eventualmente pode-se notar um pouco de sangue na urina ou ao se limpar com papel. Essa doença que atinge 2 milhões de pessoas por ano gera milhares de dúvidas e hoje esclarecerei tudo sobre essa condição”, explica o urologista dr. Gabriel Barbosa Franco.
Segundo o médico, as infecções do trato urinário são mais comuns em mulheres, devido ao fato de as mulheres terem uma desvantagem anatômica em relação aos homens, pois a uretra é curta, facilitando eventual entrada de bactérias do meio externo. Além disso, com a menopausa existe declínio hormonal, o que também acaba por facilitar acesso das bactérias e novas infecções.
O especialista explica ainda que é considerado normal até um ou dois episódios da doença por ano, mas a maioria não tem nenhum. Acima de três por ano podemos considerar como infecções de repetição, merecendo acompanhamento médico especializado. Uma condição que tem maior incidência de casos da infecção é a gestação, devido as alterações físicas, funcionais e hormonais nas mulheres, o que acaba facilitando quadros infecciosos. E nessa fase da vida da mulher o cuidado deve ser dobrado, pois as infecções podem favorecer eventual trabalho de parto prematuro.
“A grande maioria das infecções ocorre com bactérias que colonizam o próprio corpo da paciente, em especial sua flora genital. O fato de muitas infecções ocorrerem após atividade sexual se dá devido à grande entrada de bactérias da região genital pela uretra durante o ato. Higiene adequada após o ato, e sempre urinar após já ajudam muito na prevenção. Alguns quadros leves podem eventualmente melhorar apenas com ingestão de água em grande volume e algumas medicações antissépticas, mas de modo geral a grande maioria dos casos só terá alivio adequado após uso de antibióticos. Em casos de infecção de repetição deve-se consultar um urologista, pois além de mudar alguns hábitos, será necessária toda uma investigação para descartar algumas doenças potencialmente sérias. Em se descartando tudo, o acompanhamento, com ou sem algumas medicações especiais, é muito importante”, ressalta.
Para finalizar dr. Gabriel alerta que para evitar a doença, é recomendado incluir na rotina o hábito de beber mais líquidos. O ato de urinar é o melhor jeito de mandar embora eventuais bactérias que tenham entrado na bexiga. Então, também não se deve segurar a urina por longos períodos. Além disso tudo, manter higiene adequada, sem exageros, e tratar eventual constipação, pois favorece.
Sempre em caso de dúvidas, manter seguimento com especialista.